quinta-feira, 17 de setembro de 2009

17 de Outubro
Sábado – as 20 horas
Teatro Municipal de
Pouso Alegre
SHOW DE GRAVAÇÃO DO
DVD DO “IMBUIA”

Contamos com a ajuda de todos na divulgação deste show histórico – repasse pros amigos e anote em sua agenda. Lembre-se daquelas pessoas especiais que não podem ficar fora dessa e avise-as também.

Um novo projeto produzido por Wolf Borges pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Pouso Alegre tem agitado nossos dias (e noites) – trata-se do projeto de gravação do DVD do Imbuia. Os pousoalegrenses que viveram a efervescência cultural dos anos 80 já devem reservar em sua agenda o dia 17 de outubro para participar deste evento histórico!!! O IMBUIA faz parte da história cultural de Pouso Alegre e região – seus shows eram lotados e demandavam três noites de apresentações; as pessoas cantavam suas canções em rodas de violão; vários grupos musicais nasceram do exemplo de seus artistas que eram importantes como as atuais celebridades (bons tempos aqueles!). Este será o primeiro e histórico registro musical do grupo.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Ensaio 13/09/2009-2






© Felipe Christ

Ensaio 13/09/2009

O pessoal continua pegando firme nos ensaios.









quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Texto Genial de Fabinho Paletó

IMBUIA


Imbuia é madeira de lei, cerne puro. Em Pouso Alegre, Imbuia é também um bairro rural, lá pelos lados de Borda da Mata, por onde antigamente passava uma linha de trem.
O trem não existe mais, nem existia nos idos dos anos 70 e 80, quando explodiu um movimento cultural que aglutinou o que melhor havia em termos de música e poesia na região. O ar necessário para respirar abasteceu também a arte de um grupo que fez das noites e madrugadas de Pouso Alegre momentos de confraternização e catarse poética sem precedentes na história da cidade.
O simples fato de estar ali ao lado justificava o fato de ter saído de casa para se encontrar com a arte em seu estágio original. Composições que estão até hoje na memória de milhares de pessoas nasceram ali, nas mesas de bares, nas calçadas, nas praças, nas ruas.
Essas paisagens, urbanas e rurais, foram reproduzidas nos cenários montados no Teatro Municipal, para os espetáculos que marcaram época.
Quantos meninos e meninas, adolescentes e crianças, cresceram ouvindo canções que falavam do lugar onde nasceram. As barrancas do Sapucaí, as ondas verdes da Mantiqueira, as congadas de Santana, as revoadas de pássaros, latidos na madrugada. Lirismo na essência da palavra. Melodia e harmonia trabalhadas com paciência e alegria. Ensaios festivos, movidos banquetes e porres.
Quantos se decidiram diante do enigma do que ser quando crescer.
O Grupo Imbuia tinha uma coisa muito peculiar. Em torno do núcleo (Mesquitão, Jorge Carioca, Maurício, Raimundão) gravitava um universo de pequenos astros. Alguns viriam a crescer e ganhar vida própria, como Wolf Borges e Elder Costa. Outros, não menos felizes, cultivam ainda a arte de produzir arte. E viver a vida com dignidade. Músicos, atores, dançarinos, pintores, arquitetos, jornalistas...
Mas a vida tem seu curso, às vezes avesso às pretensões e necessidades. Uma pequena diáspora em curso. Cada um pro seu lado. Amizade acabando, de jeito nenhum. A gravitação aumenta os espaços de distância, mas que não afasta. A teia não se rompe com facilidade.
Imbuia é assim. Histórias sem fim.


Fábio Ribeiro (Paletó)

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Jorge Carioca na viola


COM OS AMIGOS

Em pé: Claret Coutinho, Lourdes, Lafaiette Guedes, Paulinho Faria, Clóvis Maciel (Gordo), Isael, Luís Carlos Brandão.

Agachados: Raimundo Andrade, Ivan Vilela, Maurício Brandão, Guto Calmo.

Sentados: Carzé, Jorge Carioca, Paulistinha, Guará

Deitados: Mesquita e Mário Peixe.





Lauro Mesquita fala do IMBUIA




A volta do Grupo Imbuia
Lauro Mesquita
Publicado originalmente no blog do Guaciara: http://guaciara.wordpress.com/2009/05/28/a-volta-do-grupo-imbuia/

Ensaio do Imbuia anos 80

Jorge Carioca, Mesquita, Raimundo, Nandinho, Maurício, Pricila, Claret e Claudinha

“Minas é um lugar onde não acontece nada, mas todo mundo lembra de tudo.” Eu ouvi essa ótima frase na semana passada em uma conversa do escritor Humberto Werneck sobre seu livro O santo sujo. Na sua fala, ele descrevia um pouco dessa veia memorialística de Minas Gerais e tirava um barato da vocação do mineiro pra falar da vida dos outros. Buscar sentido no que acontece na nossa vida – e na dos outros também, lógico – é mesmo uma característica muito forte do interior.
Sábado eu vou lá pra Pouso Alegre recuperar essas memórias, que são muita coisa pra pouca gente e têm um significado gigante pra mim. Vou assistir o aguardado retorno do Grupo Imbuia. Diferente da maior parte da música que a gente posta por aqui, o Imbuia não tem vídeos no YouTube. Pouquíssimos links do Google apontam para eles e não chegam a dez as músicas gravadas em estúdio pelo grupo.
Em uma realidade em que a presença na Internet é quase um atestado de existência, a história de um grupo que permanece interessante pra tanta gente, mesmo sem ter gravado, pode parecer um disparate, mas é a persistência das músicas deles na memória de tantas pessoas que faz o Imbuia ser um assunto tão legal.
As canções compostas pelo grupo tiveram e ainda têm um significado muito profundo para quem tem entre 30 e 60 anos e nasceu na minha cidade, Pouso Alegre. Gente que viveu por lá nos anos 80 do século passado. Mas eu acho que o Imbuia significa ainda um pouco mais do que isso.
Em primeiro lugar, porque eu cresci asistindo os ensaios quase diários que aconteciam na sala da minha casa. As formações foram várias. Mas o grupo teve um núcleo básico: Mesquita (meu pai), Raimundo, Carioca, Maurição e Nandinho. A formação misturava migrantes que tinham acabado de chegar a Pouso Alegre, com quem nascera lá e tinha família rica, gente com família muito humilde, gente de classe média. Mas o mais interessante era que todos atuavam como personagens de um processo de industrialização que começava a tomar conta do Sul de Minas.
Talvez por causa dessas origens tão variadas e pela capacidade que todos eles (e também de vários outros integrantes que passaram pelo grupo) têm de contar histórias, o Imbuia representava musicalmente os sentimentos dos jovem que viviam na cidade naquela época. Eram eles que contavam para nós a transformação que se passava por lá. Uma transformação muito profunda. Pouso Alegre deixava de ser um município que vive da roça para se tornar um lugar mais complexo, com rede de serviços e fábricas.
Na época, as informações circulavam menos e era muito difícil e caro gravar discos. As músicas, por isso, tinham uma urgência e uma durabilidade muito maiores. Para quem vivia o que parecia uma revolução, seria muito triste ser ignorado pelo resto do mundo. O Imbuia dava a sensação que alguém se importava, pelo menos era assim que eu sentia.
Ao contrário do que pode parecer pelo meu relato, as lindas histórias cantadas em meio a trabalhados arranjos vocais e a harmonias tocadas pelos violões, viola, baixo, flauta e percussão falavam sobre amores, sobre a vida das pessoas, sobre o curso do rio e sobre uma saudade de uma coisa que não está mais lá, apesar de estar presente no jeito com que as pessoas sentem a vida (”Olha lá vai meu rincão/ quando essas água subir/ vou ficar desconsolado/ quando o roçado sumir…”).
O Imbuia na minha opinião cantava o que muita gente que vivia em Pouso Alegre sentia. Canções como “Coleirinho”, “Imbuia 1″, “Te Entregar”, “Zóio D’Água” e mais um monte ainda levam gente em Pouso Alegre às lágrimas quando tocadas em alguma festa ou em algum boteco. E acho que a qualidade mais bonita desse grupo foi entender o que se passava na cabeça e nos corações das pessoas que viviam ao lado deles.
O que é mais curioso pros dias de hoje, é que essa musicografia foi toda composta pra isso. Eles estavam dialogando com as pessoas que viviam ali pelo Sul de Minas. Faziam isso sem se preocupar com uma carreira, com uma vontade de sucesso nacional – no fundo, todos deviam sonhar com essa possibilidade -, mas tudo parecia fazer mais sentido dentro dessa lógica quase caseira.
É duma época em que as bandas se chamavam grupo ou conjunto (valeu Tiago) . E daí, o pessoal do Imbuia se mandava pros festivais pelos interiores de Minas, São Paulo, acho que até Paraná, mas eram sempre cidades do interior. Iam lá, tocavam duas ou três músicas, quase sempre chegavam à final, às vezes pegavam um trofeuzinho, nunca o principal. Tomavam umas, faziam uns amigos e voltavam pra casa.
Talvez eles ainda gravem algumas das centenas de músicas do Imbuia – fariam um bem danado à música se fizessem isso. Agora é bem fácil. Alguém vai acabar colocando um pedacinho desse show no YouTube. Só é uma pena fazerem isso depois do grupo já ter perdido o Carioca e o Nandinho para a morte, mas as suas músicas, aqueles hits que marcaram a vida de alguns poucos milhares, mantêm essa mística do que é o Grupo Imbuia. Eu vou estar lá no sábado e já sei que vai ser muito bonito.
E pra quem quiser ir, o show do Grupo Imbuia vai ser nesse sábado (30 de maio), às 19h30 , no Campus Fátima da Univás, em Pouso Alegre, dentro do II Festival de Inverno da Univás.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Maurício Brandão

© Felipe Christ

Marcos Mesquita

© Felipe Christ

Omar Fontes Jr

© Felipe Christ

Jucilene Buosi

© Felipe Christ

Wolf Borges


© Felipe Christ

Raimundo Andrade

© Felipe Christ

Mesquita


© Felipe Christ

Maurício


© Felipe Christ

Ensaio

© Felipe Christ

Remanescentes

© Felipe Christ
Maurição
Mesquitão
Raimundão
tudo grandão
tal qual o talentão

O Imbuia

© Felipe Christ
O IMBUIA é uma associação de amigos músicos de Pouso Alegre, sul das Minas Gerais.

Ocotea porosa


Imbuia (do Tupi) - Ocotea porosa (Nees et Martius ex Nees) Liberato Barroso - é uma frondosa árvore da família da Lauraceae (louros), que ocorre tipicamente nas florestas umbrosas mistas da região dos Campos Gerais do Paraná.

A Imbuia tem folhas pequenas e lusidias, flores insignificantes, tronco grosso, curto até as primeiras inserções dos galhos, razoavelmente retilíneo e por vezes retorcido. Seu fruto se constitui numa pequena cúpula basal.

A madeira da Imbuia, outrora abundante mas hoje escassa, tem alto valor comercial para o ramo moveleiro por sua afabilidade ao entalhe e longa durabilidade, afora excelente aparência: de cor parda em geral, possui veios que vão do amarelo ao marrom com riscas pretas. Devido à exploração depredatória de sua madeira nobre, hoje a imbuia está ameaçada de extinção.

Sinonímia: Canela-broto; Canela-imbuia; Embuia, Imbuia-clara; Imbuia-escura

Sinonímia botânica: Cinnamomum porosum, Oreodaphne porosa, Phoebe porosa.